A Região angolana do Okavango representa um dos principais potenciais ecoturísticos de Angola e da África Austral. Esta Região caracteriza-se pela presença de extensas savanas que mantém o seu estado selvagem e puro e sem indícios de artificialidade antropogénica. A Região do Okavango foi num passado recente, um dos maiores santuários da vida selvagem em Angola, e na Africa Austral, albergando espécies emblemáticas da fauna selvagem, como Elefantes, Búfalos, Leões, Leopardos e Rinocerontes. Após o declínio dessa vida selvagem, tem-se observado um movimento de regresso em função do grande corredor migratório de vida selvagem do Cuando para as outras zonas da Região.

A Região angolana do Okavango alberga as principais fontes da agua de Angola e de vários países da Africa Austral. Considerado como a torre de agua, nasce nesta Região umas das mais importantes bacias hidrográficas de Angola cuja a mais conhecida é a Bacia do Okavango, cujo principal rio, o Cubango-Okavango, alimenta a mais de 90% o debito do Delta do Okavango, no Botswana, após uma passagem pela Namíbia. Desse feito, Angola pode ser considerado como o Berço do Okavango.

Os imensos recursos hídricos proporcionam imensas oportunidades de investimento e em vários sectores, principalmente no ecoturismo, agro-negócios, principalmente na agricultura, a nível dos polos agrícolas já identificados em toda a Região.

A riqueza cultural e diversificada dos povos que habitam a Região é uma mais valia, destacando aqui a existência da comunidade khoisan que preserva os seus hábitos seculares. Ao lado desta grande cultural, destaca-se igualmente o passado histórico da Região, marcada pela grande batalha do Cuito-Cuanavale, cujos feitos são relatados pelo Monumento da Batalha do Cuito Cuanavale uma obra prima de inigualável beleza, que foi erguida para perpetuar a memoria de todos que lutaram naquela gloriosa batalha.

A Região apresenta ainda imensas dificuldades de acesso, devido a fraca presença de infraestruturas, mas que pode constituir também uma oportunidade para os empresários investirem no sector transversal e criar condições para o arranque de outras actividades.